segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ibama admite extinções em Belo Monte

Seg, 17/Mai/2010 00:00 Belo Monte

Funcionário diz que há chance de "quatro ou cinco" espécies de peixes sumirem em usina, mas minimiza impacto total. Especialistas em fauna das águas do Xingu apontam que estudo de impacto incluiu como amazônicas até espécies da Argentina

Reinaldo José Lopes

DA REPORTAGEM LOCAL

"Quatro ou cinco espécies de peixes têm potencial de se extinguir, mas assumimos esse risco. Para o conjunto da Amazônia, faria muito mais mal construir 25 termelétricas do que a usina hidrelétrica de Belo Monte", afirma o biólogo Antonio Hernandes, do Ibama.

Coordenador de infraestrutura de energia elétrica do órgão ambiental, Hernandes falou à Folha em resposta às críticas feitas por um grupo de ictiólogos -biólogos especializados em peixes- ao estudo de impacto ambiental que tornou possível o licenciamento e posterior leilão da usina.

Entre outros problemas, esses cientistas apontam a imperícia na identificação das espécies nativas do trecho do rio Xingu que receberá a usina.

Os bichos teriam sido igualados erroneamente a peixes que só existem em outras bacias hidrográficas. Subestima-se, assim, a presença no Xingu de espécies que ainda nem ganharam nome científico.

Também reclamam que houve desleixo no cadastro dos espécimes coletados em museus, o que pode atrapalhar o estudo da diversidade de espécies quando seu habitat estiver alterado ou mesmo desaparecido. E afirmam que o número real de peixes sob risco de sumir pode ser muito maior do que quatro ou cinco. O Ibama, porém, discorda.

"Análise crítica"

Os ictiólogos assinam um capítulo de uma análise crítica do estudo de impacto ambiental de Belo Monte. Entre eles está Paulo Buckup, do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

"Do meu ponto de vista, o principal problema é que não é possível verificar as identificações dos peixes, o que é fundamental numa fauna em que quase metade das espécies ainda não foram descritas. É como inocentar ou condenar uma pessoa sem apresentar as provas materiais do crime", diz.

Buckup lembra que numerar os espécimes, associando-os de forma precisa ao local onde foram coletados, é a "premissa básica aceita pelos cientistas" para estudos sobre biodiversidade. Hernandes, do Ibama, diz que o material "não foi jogado fora", tendo sido depositado, segundo ele, no Museu Paraense Emilio Goeldi, em Belém.

"É um problema menor. Há coisas mais graves no estudo de impacto, até porque mandaram exemplares aqui para o museu", diz Flávio César Thadeo de Lima, pesquisador do Museu de Zoologia da USP que também participou da análise.

De uma lista de 14 espécies citadas pelo estudo da usina, por exemplo, cinco seriam, na verdade, bichos que nem ocorrem na Amazônia, tendo sido registrados em lugares tão distantes quanto a Bahia, o Uruguai e a Argentina. As demais ocorrem fora da bacia do Xingu, levantando fortes suspeitas de identificação incorreta.

Para Lima, um dos problemas mais graves é que o estudo de impacto não chama a devida atenção para duas espécies que já constam da lista nacional de espécies sob risco de extinção, o pacu-capivara e o carismático cascudo-zebra, sucesso entre aquaristas (leia texto abaixo).

"Eles só existem na Volta Grande do Xingu", diz o ictiólogo, referindo-se à área que será mais afetada pela usina. Hernandes rebate: "Não sabemos se essas espécies realmente só existem lá".

Para o funcionário do Ibama, é provável que "90% das espécies" únicas da Volta Grande se encontrem em ambientes similares no rio Iriri, que serão protegidos como contrapartida ao impacto de Belo Monte.

Não é o que os pesquisadores afirmam. "Não sei qual o tamanho da nossa ignorância, mas sei que ela é bem grande", diz Lima. "Teremos um programa de levantamento das espécies antes de qualquer obra, nos próximos três ou quatro anos, então eles poderão tentar comprovar isso", diz Hernandes.

[Fonte: Folha]

Pesquisa responsabiliza agrotóxicos por casos de câncer

Seg, 17/Mai/2010 00:00 Agroecologia

Limoeiro do Norte. Foram 42 as mortes causadas por câncer nesse município, a maioria entre agricultores, somente no ano passado. O número é considerado alto demais para um município com pouco mais de 50 mil habitantes. O registro não difere muito dos outros anos na mesma cidade.

Porque ainda não se pode dizer "com toda clareza", especialistas evitam ser categóricos sobre relação de efeito e causa entre o uso indiscriminado de agrotóxicos na Chapada do Apodi e os óbitos por neoplasia (câncer).

Mesmo assim, mais de dois anos de levantamento científico da Universidade Federal do Ceará (UFC) na região leva a médica e professora Raquel Rigotto, que lidera o grupo de pesquisa, a dizer que "a relação entre câncer e agrotóxicos está muito estabelecida, com diversos ativos e contaminantes, e não só câncer", explica a pesquisadora, que participa hoje de audiência pública em Limoeiro do Norte sobre o impacto da pulverização aérea dos aditivos químicos nas lavouras cultivadas na Chapada do Apodi.

Os estudos servirão de instrução ao Ministério Público em ação judicial, que poderá resultar na possível suspensão do manejo de pulverização aérea dos venenos no cultivo de culturas, principalmente de frutas como abacaxi, melão e banana.

Veneno e câncer são palavras já incluídas em todas as discussões sobre o impacto, na saúde humana, dos agrotóxicos aplicados na Chapada do Apodi, veiculadas nas matérias do Diário do Nordeste. 

Porém, a ênfase de que uma coisa "não pode se dissociar da outra", no caso de Limoeiro do Norte, ficou evidente no Seminário "A violação de Direitos Fundamentais Frente aos Impactos Sócio-Ambientais do Agronegócio na Chapada do Apodi", realizado no Departamento de Mestrado da Faculdade de Direito da UFC, na última segunda-feira. 

Dentre os participantes, além da pesquisadora Raquel Rigotto, o professor Gerson Marques, chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 7ª Região. Ele informou que o Ministério Público do Trabalho está celebrando convênio com a UFC para que as provas levantadas na pesquisa sirvam para instruir o Ministério Público na ação judicial "quando for necessário", segundo pontuou.

Os agrotóxicos são utilizados na Chapada do Apodi de forma indiscriminada e desconhecida. Pelo menos 68% das pessoas que aplicam o produto para combater as pragas não sabem que tipo de veneno estão usando.

Não bastasse isso, alguns dos produtos utilizados, considerados "extremamente tóxicos" e "muito perigosos" ao meio ambiente, estão na relação de venenos em "reavaliação" pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar de permitidos no Brasil, esses pesticidas não o são na maioria dos países do mundo. O "Gramoxone", um herbicida, é um deles.

Desde 2007 o Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da UFC, realiza levantamentos sobre saúde humana e do meio ambiente na Chapada do Apodi, bem como interpreta os levantamentos feitos por instituições públicas.

Mas de dez poços subterrâneos analisados, pelo menos em cinco foram encontrados venenos. Falam por si só os números levantados pelo relatório da Companhia de Gestão de Recurso Hídricos (Cogerh), sobre a qualidade da água do aquífero Jandaíra, a segunda maior reserva subterrânea da Região Nordeste, situada entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Localizações anatômicas

Os pesquisadores do Núcleo Tramas reuniram os dados de câncer nos últimos dez anos e fizeram o levantamento de 23 localizações anatômicas de câncer. Ao separar agricultores de não agricultores, a frequência de câncer do primeiro grupo tinha sido maior que a esperada em 15 das 23 localizações.

"No caso específico do Vale do Jaguaribe, os dados não mostram ainda com clareza, mas porque o câncer têm um período de latência relativo. A relação entre câncer e agrotóxicos está muito estabelecida, e não só câncer, como doenças endócrinas, diabetes, tipos de tireoide, doenças imunológicas, infertilidade, suicídio, má formação congênita, abortamento precoce, hepatopatia, doenças de pele e alérgicas", afirma a pesPesquisa relaciona casos de câncer com agrotóxicosquisadora Raquel Rigotto.

[Do Diário do Nordeste, reproduzido na página do MST]

Golfo do México - Detectadas imensas plumas submersas de petróleo

Dom, 16/Mai/2010 11:31 Oceanos

Cientistas norte-americanos detectaram gigantescas “plumas” de óleo submersas no Golfo do México, as primeiras com 15 km de comprimento, 5 km de largura, e 100 metros de espessura.

“Há uma quantidade chocante de óleo nas águas profundas em comparação com o que se pode ver na superfície”, declarou Samantha Joye, uma pesquisadora da Universidade da Geórgia que integra uma equipe encarregada de fazer uma avaliação detalhada do que está acontecendo no Golfo do México. “Há uma tremenda quantidade de óleo em múltiplas camadas, três ou quatro camadas na profundidade das águas”.

Essas plumas de óleo estão consumindo o oxigênio das águas do Golfo, o que faz os cientistas temerem que o oxigênio dissolvido se reduza tanto que mate toda a vida marinha na proximidade das plumas de óleo. Em algumas áreas, a redução das taxas de oxigênio já é da ordem de 30%.

Esse grupo de cientistas trabalha a bordo de um navio de pesquisas de forma independente do governo, da BP, e das usuais ONGs performáticas de plantão. Esse grupo de pesquisadores estima que o vazamento contínuo situa-se em algum ponto entre 25.000 e 80.000 barris por dia, volume muito superior às estimativas governamentais e da BP, que são
da ordem de 5.000 barris por dia.

As estimativas do governo e da BP são baseadas apenas na quantidade de óleo visível na superfície através de satélites, enquanto as outras consideram uma recente filmagem - publicada pela Agência REBIA antes dos demais órgãos de imprensa do Brasil – e as medições preliminares do óleo que permanece em camadas entre 750 e 1.200 metros (ou seja, no fundo do oceano).

Uma explicação possível para essa permanência do óleo submerso é o uso massivo de dispersantes químicos abaixo da superfície. Esses dispersantes nunca foram usados antes em grandes quantidades em águas profundas. O dispersante Corexit 9500 causa a formação de gotículas de óleo pequenas demais para subirem rapidamente. De toda forma, os dispersantes não chegam a decompor o óleo (o que é feito ao longo do tempo por bactérias – daí o elevado consumo de oxigênio nas águas profundas após o acidente).

Alan Levine, Secretário de Estado de Saúde da Louisiana, afirmou que as preocupações com o uso dos dispersantes é que não existe praticamente nenhuma informação sobre os seus efeitos tóxicos. O fabricante afirma que existe um “perigo moderado” para os seres humanos, podendo resultar em irritações da pele, dos olhos e do sistema respiratório. O dispersante é, também, bioacumulativo na cadeia alimentar.

Cinicamente, a BP insiste em que não vai fazer qualquer reavaliação de sua metodologia para calcular a quantidade de óleo vazando, sob a alegação de que isso a afastaria do objetivo principal que é o (assim chamado) “esforço da resposta”.

Este link (do site do NY Times) mostra imagens dinâmicas da evolução da extensa mancha de petróleo visível – isto é, na superfície – e vale clicar em Play – acima, à esquerda - para ver a evolução diária da situação. Na coluna da direita contem informações em milhões de galões (e não de barris): o volume estimado de óleo segundo a Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera do governo dos EUA – 5, 5 milhões -, o volume mínimo estimado pelo professor MacDonald, oceanógrafo da Universidade da Flórida – 29 milhões de galões, (o máximo seria 80 milhões de galões), e o pior cenário antecipado pela própria BP até a contenção do vazament0 – 65,7 milhões de galões. Até hoje, o pior vazamento de óleo da história foi causado pelo navio Exxon Valdez – 10,8 milhões de galões.

(Um barril de petróleo equivale a 31 galões, e as conversões não foram feitas, aqui, para que os números sejam iguais aos mostrados no link). 

Com a evolução desse vazamento, fica evidente que a tecnologia para controle de um acidente desse tipo em águas profundas – isto é, para a vedação do poço - não foi desenvolvida em paralelo com os avanços tecnológicos para fazer a extração do petróleo.

[Fontes– The New York Times e The Guardian]

Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano por não reciclar, diz Ipea

Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira (14) revelou que o Brasil perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar.

De acordo com o estudo, o valor corresponde a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte, permitiria a manutenção de cerca de quatro milhões de crianças nas escolas e é quase três vezes o orçamento do Ministério do Meio Ambiente em 2007.

A reciclagem do plástico geraria, sozinha, quase R$ 6 bilhões por ano, aponta a pesquisa. No caso da celulose, segundo material mais promissor, o valor gira em torno de R$ 1,6 bilhão. No entanto, o alumínio é o que produz mais benefícios por tonelada.

O estudo também analisa os benefícios associados á redução da emissão de gases do efeito estufa (GEEs) e à comercialização de créditos de carbono. O IPEA estima que o valor médio do preço da tonelada de gás carbono que se evita produzir seja de 15,4 euros, ou R$ 33,42.

Repercussão

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se baseou nos dados do estudo e criou um grupo de trabalho para avançar na reestruturação do primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos, associado à coleta de lixo e às cooperativas de catadores.

O grupo terá 45 dias para definir como o programa será aplicado, propor fontes de recursos e forma de repasse.

O diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério, afirmou que o programa tem com objetivo incentivar a reciclagem no país, onde apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e 14% da população brasileira são atendidas pela coleta seletiva.

Conama reconhece interesse social na agricultura familiar em Áreas de Preservação Permanente (APPs)‏

Conama reconhece interesse social na agricultura familiar em Áreas de Preservação Permanente (APPs)

Ter, 11/Mai/2010 00:00 Política Ambiental

Resolução reconhece como de interesse social, para fins de produção, algumas atividades desenvolvidas em Áreas de Preservação Permanente (APPs)

Mais de quatro milhões de propriedades de agricultores familiares e de povos e comunidades tradicionais serão beneficiadas com a Resolução aprovada hoje, em reunião extraordinária, pelo plenário do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A Resolução reconhece como de interesse social, para fins de produção, algumas atividades desenvolvidas em Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Entre as atividades reconhecidas estão o pastoreio extensivo tradicional em áreas de campos naturais; o cultivo de espécies lenhosas perenes e o cultivo em áreas de vazante. A decisão vale para atividades já consolidadas até 24 de julho de 2006, data da Lei 11 326, da agricultura familiar.

Segundo o diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus, a Resolução aprovada trata unicamente do reconhecimento de algumas atividades como de interesse social. “Esse conhecimento vai permitir que o órgão ambiental responsável avalie a regularização de atividades já consolidadas até 22 de julho de 2006″.

João de Deus garantiu não haver, no texto da resolução, qualquer possibilidade de que haja novas supressões ou intervenções em APPs e que o objetivo é permitir apenas a regularização de algum tipo de cultura em algum tipo de APP. “Não serão em todas e, mesmo assim, somente naquelas onde possa ser comprovado que a cultura estava consolidada antes de julho de 2008″, explicou.

No texto aprovado, o conceito de pequeno agricultor familiar é o que está previsto na Lei 11.326. A norma considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I – não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II – utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III- tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV – dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família.

A reunião foi dirigida pelo presidente interino do Conama e secretário-executivo do MMA, José Machado.

[Texto de Suelene Gusmão, do MMA]

Cidade ainda só recicla 1% de seu lixo

Ter, 11/Mai/2010 00:00 Lixo e Reciclagem

Após 20 anos, o sistema de coleta seletiva da Prefeitura consegue reutilizar apenas uma garrafa PET por habitante a cada semana.

Ana Bizzotto, Bruno Paes Manso e Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo



Depois de 20 anos, o sistema de coleta seletiva de lixo da Prefeitura consegue reciclar, em média, apenas 280 gramas por mês por habitante, o que significa que o paulistano só manda para a reciclagem peso correspondente a uma garrafa PET a cada seis dias. O total representa 1% de todo o lixo produzido na cidade.

A população de Porto Alegre, cujo programa de reciclagem é considerado modelo, consegue separar para reciclagem 1,3 quilo por habitante - quase cinco vezes o índice de São Paulo. Em Estocolmo, na Suécia, referência mundial no processo de coleta seletiva, 25% do lixo é reciclado. Cada habitante da capital sueca recicla em média 12,4 quilos por mês - 44 vezes mais do que o paulistano.

“Faltam incentivo e investimento na organização das cooperativas e na capacitação de catadores para que o programa seja ampliado. Nessas duas décadas, a coleta seletiva ainda é algo a que só a classe média paulistana tem acesso na cidade. Os municípios precisam encarar a reciclagem como uma política pública fundamental para reduzir os riscos de enchentes e o espaço dos aterros”, diz o advogado Fabio Pierdomenico, professor de Direito Ambiental e diretor da Limpurb entre 2002 e 2004.

Nos últimos três anos, os investimentos em coleta seletiva se mantiveram proporcionalmente estagnados. Em seu primeiro ano como prefeito, em 2006, Gilberto Kassab (DEM) aplicou 1,21% da verba empenhada para a coleta do lixo em reciclagem; em 2009 esse índice foi de 1,14%.

A falta de investimentos em reciclagem nas diversas fases do sistema explica por que o processo não vai para a frente. De acordo com a política municipal do setor, criada por lei em 2003, deveriam ser construídas 31 centrais de triagem em todas as subprefeituras em 2007.

As obras estavam previstas no novo contrato de coleta de lixo, que entrou em vigor em 2005. Um ano antes, já existiam 14 centrais. Hoje, passados seis anos, são 16. No cronograma das empresas de lixo, as obras estarão concluídas só em 2.015. Para a construção de dez desses galpões, estão programados R$ 6 milhões de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A verba não saiu porque a Prefeitura ainda está definindo as áreas para instalação desses prédios. Segundo a Limpurb, quatro áreas já foram aprovadas e outras seis estão “em processo de análise”.

O gargalo também ocorre na coleta seletiva nas ruas. Dos 292 caminhões contratados para recolher o lixo na capital, só 20 são destinados aos reciclados (7%). 

Estagnação. A cidade de São Paulo produz mensalmente 293,9 mil toneladas de lixo, coletadas pelos consórcios Ecourbis e Loga Ambiental. Só 3.135 toneladas são recicladas - menos de 1% do lixo da capital.

O governo municipal argumenta estar acelerando os investimentos neste ano e aponta que são coletadas diariamente 120 toneladas de lixo reciclável na cidade, o que corresponde a 7% do lixo domiciliar que pode ser triado atualmente. Isso equivale a 0,6% de todo o lixo doméstico produzido na cidade.

O alcance do programa também é limitado: atinge somente 6 milhões dos 11 milhões de habitantes da metrópole. “Se o índice (de investimentos) é baixo hoje, imagina no início da gestão. Tem crescido, aumentado, e vai continuar aumentando. Vamos nos esforçar para continuar investindo”, disse Kassab.

O secretário municipal de Serviços, Alexandre de Moraes, apresentou o aumento no volume de coleta como indicativo de investimento. “Nós não achamos que (o Orçamento) está estagnado nem em um índice baixo. Pulamos de 5 mil toneladas no fim da gestão da prefeita Marta (PT) para quase 38 mil toneladas. São oito vezes mais”, diz. 

O diretor da Limpurb, César Morales, afirma que a Prefeitura “dá todo o apoio material e de orientação para que as cooperativas se formem e trabalhem”. Hoje, segundo ele, há 1.050 famílias integradas ao programa.

[Estadao.com.br]

Mídias e Cidadania Ambiental

Ter, 11/Mai/2010 00:00 Artigos científicos
Por Liliana Peixinho *

O papel da mídia na construção da cidadania ambiental é pauta corrente, urgente e desafiadora no processo de mudança de comportamento diante do que o planeta está a nos exigir para garantir a vida, com harmonia e decência. Apesar de ser consenso entre jornalistas, ambientalistas, ativistas e até empresários conservadores, o desafio é sensibilizar editores, diretores, proprietários de grandes veículos, empresariado e público consumidor de notícia, sobre a necessidade de informações didáticas na agregação de valor construtivo para uma interação harmoniosa entre produtor, consumidor e a matriz: recursos naturais.

Jornalistas especializados na área de jornalismo ambiental como Silvestre Gorgulho, diretor da Folha do Meio Ambiente; Washington Novaes, escritor e jornalista dedicado à área; Sinval Leão, diretor da Revista Imprensa; Nely Zulmira, criadora do Repórter ECO; André Trigueiro, do Programa Cidades e Soluções, Globo News; Vilmar Berna, da Rebia e Portal do Meio Ambiente; Dal Marcondes, da Agencia Envolverde; professora doutora Simone Bortoliere, Facom- Bahia e vice-presidente da ABJC- Associação Brasileira de Jornalismo Científico, dentre muitos e muitos outros Brasil afora, vem se especializando continuamente para ocupar demandas reprimidas.

A pauta interna das redações sobre o seu papel na construção da Cidadania Ambiental precisa de aprofundamento, cuidado com os detalhes, para a produção da informação com qualidade. Questão que requer compromisso do jornalista/repórter na disposição pessoal de investigar e confrontar fontes diversas para retratar fatos. Compromisso que deve ser extensivo aos proprietários dos veículos em sua representação histórica do poder de decisão no quê, como, quando, quanto e onde, será dada, ou não, uma informação.

A sobrevivência da mídia alternativa ambiental é pauta constante de discussão entre especialistas e o problema é sério para garantir, ou não, a publicação da próxima edição da revista, do jornal, da manutenção do site ou blogs que precisam de captação/banners, parceiros como contrapartidas financeiras para estar ou não no ar. Se as novas ferramentas midiáticas abrem possibilidades para o jornalismo cidadão, para a democratização da informação, para a inclusão digital, também coloca em cheque a qualidade e credibilidade da noticia.

Para continuar desenvolvendo trabalhos independentes, investigativos e comprometidos com a construção de uma nova forma de ver e sentir os alertas dados pelo planeta, precisamos mesmo continuar na sala de aula reaprendendo como informar bem para garantir o uso da informação em favor da vida, com qualidade. Perdemos colegas de trabalho cada dia mais cedo por problemas de saúde que poderiam ser evitados como
estresse, estafa, câncer de estomago, pulmão, acidentes. No entanto, como profissionais especialistas em absorver problemas, ainda não conseguimos garantia de recursos para construir a vida, com qualidade. As empresas de comunicação, os grandes produtores de poluição, a sociedade em geral, e cada pessoa, individualmente, são chamados a mudar de comportamento. Essa mudança não tem se mostrado fácil. Historicamente não fomos educados para preservar, mas para consumir demasiadamente num modelo econômico, perverso, e agora em cheque. Ainda não temos a cultura de utilização racional dos recursos naturais rumo à construção do novo paradigma da sustentabilidade cidadã.

A Sociedade é alimentada, diariamente, por uma política perversa de consumo de água, energia, alimentos e diversos produtos originados/alimentados por cadeias produtivas insustentáveis, de ponta a ponta, desde a exploração da mão de obra do trabalhador, passando pela falta de qualidade do produto, a balanços patrimoniais com lucros exorbitantes para o produtor, sem contrapartidas de reposição da capacidade do planeta, cada dia mais limitada, em repor esses recursos. O desafio de promover o desenvolvimento, a melhoria da qualidade de vida, de forma racional, cuidadosa, planejada, disciplinada, com prazer, alegria e consciência, ainda não é uma prática comum dos humanos. Aliás, consciência é atitude rara no senso comum dos “racionais”. E quem tem e pratica com razão (cérebro), emoção (coração) e espírito (alma) é alvo de criticas debochadas e irritantes. Infelizmente a realidade aponta um caminho longo e com desafios cotidianos crescentes para a adoção de ações verdadeiramente sustentáveis.

O pensar e fazer transversal, proposto pela ex-ministra do Meio Ambiente, senadora Marina Silva, candidata a presidente do Brasil, poderia ser lida com outro foco, como ação de valor multiplicador, em todas as esferas de decisão política, seja nas instituições do governo, Ongs e/ou paralelamente, em cada pessoa, na construção civilizada de uma cidadania ambiental.

* Jornalista, ativista sócioambiental, especializada em Mídia e RSE - Responsabilidade Social Empresarial, fundadora dos Movimentos AMA e RAMA – Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental (www.amigodomeioambiente.com.br)

Brasil é apontado o maior destruidor ambiental no mundo

Ter, 11/Mai/2010 00:00 Indicadores ambientais

Considere o quanto um país prejudica o meio ambiente nos seguintes quesitos: desmatamento, pescaria predatória, uso de fertilizantes agrícolas, poluição da água, emissão de carbono, ameaça de espécies animais e alterações de ambiente (quando áreas naturais são convertidas em campos agrícolas ou cidades). Somando todas essas coisas, o Brasil é o país que mais maltrata o meio ambiente.

Huperscience - Rafael Alves

Foi o que concluíram cientistas do Instituto Ambiental da Austrália, em Adelaide. Eles criaram duas classificações: uma para números relativos, em que foi feito um cálculo considerando as áreas naturais
de um país e a porcentagem de danos causados. A outra, na qual o Brasil foi eleito o maior vilão, trata de números absolutos.

A pesquisa concluiu que, em linhas gerais, quanto mais rico é o país, maior é a sua agressão ao meio ambiente. Segundo o coordenador da pesquisa, eles sofreram uma decepção: “Esperávamos que um país rico pudesse diminuir seu impacto ambiental, já que teria acesso a tecnologias mais limpas, mas infelizmente isso não foi confirmado”.

Mas vamos lembrar de dois aspectos. O primeiro é que, de acordo com os pesquisadores, o estudo analisou os impactos ambientais exclusivamente, sem se preocupar com aspectos sócio-econômicos. 

Outro fato é que o resultado da pesquisa é um conjunto de todos os quesitos. Assim, não significa que o Brasil seja o “campeão mundial” de agressão em todos eles. Sabe-se que em alguns, como o desmatamento,
somos de fato os maiores destruidores, mas na emissão de carbono, por exemplo, há países que poluem mais do que nós. Confira a lista dos “dez mais” em ambos os quesitos: 

Números absolutos

1 - Brasil
2 - Estados Unidos
3 - China
4 - Indonésia
5 - Japão
6 - México
7 - Índia
8 - Rússia
9 - Austrália
10 - Peru

Números relativos

1 - Cingapura
2 - Coréia do Sul
3 - Catar
4 - Kuwait
5 - Japão
6 - Tailândia
7 - Bahrein
8 - Malásia
9 - Filipinas
10 - Holanda

[Live Science]

Servidores do Ibama em greve fecham único acesso ao Cristo Redentor e a entrada de parques nacionais no estado do Rio

RIO - O único acesso ao Cristo Redentor para turistas, a Estrada das Paineiras, subida pelo Cosme Velho, será reaberto normalmente nesta quinta-feira, após permanecer toda a quarta interditado por servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de 17 funcionários fizeram uma barreira humana no local. Os grevistas também fecharam a entrada de três parques nacionais no estado: Serra dos Órgãos, Itatiaia e Bocaina. Eles pediam a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.

No acesso ao Corcovado, alguns turistas que vieram de táxis e carros tiveram que adiar o passeio ao mais famoso cartão postal da cidade. Vans de turismo nem chegaram a subir, porque os operadores foram avisados do protesto com antecedência. Os outros acessos ao monumento estão fechados desde o temporal que atingiu a cidade no mês passado.

De acordo com os manifestantes, eles só não fecharam também o Parque Nacional da Tijuca por falta de pessoal. No local, os grevistas colocaram uma faixa de protesto, mas não impediram a entrada de visitantes. Nesta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça considerou que a greve, iniciada em abril, não é abusiva . A Corte determinou, no entanto, que todos os servidores dos setores de fiscalização e licenciamento retornassem ao trabalho, pois essas áreas foram consideradas serviços essenciais - portanto, não poderiam ter suas atividades paralisadas.

Os grevistas pedem acréscimo de 10% do salário para trabalhadores em locais isolados e de difícil acesso, como a Amazônia, de 20% para quem trabalha em áreas de risco, e adicional para quem tem especialização (10%), mestrado (20%) e doutorado (30%). No Rio, 180 servidores participam da paralisação.

Presidente da ABIH critica fechamento de atrações

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, manifestou, em nota, "sua indignação" com o fechamento das atrações turísticas. Ele ressalta que a manifestação acontece logo após os prejuízos causados pelas chuvas que interditaram os acessos ao Corcovado no início de abril. Alfredo Lopes declarou que respeita o direito dos trabalhadores lutarem pelos seus direitos, mas acredita que o bom funcionamento da atividade turística no estado não pode ser prejudicado.
"Mal normalizamos os acessos prejudicados por um desastre natural, não podemos permitir que uma insatisfação pontual de um grupo de trabalhadores feche um dos nossos principais ponto turísticos. O turista não pode pagar por isso", disse o presidente da ABIH. 

Fonte: O GLOBO

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mancha de petróleo se espalha a oeste; BP tenta outra 'tampa'

10 de maio de 2010 | 19h 56


A empresa British Petroleum disse nesta segunda-feira que fará outra tentativa de tapar o vazamento de petróleo no leito do Golfo do México, desta vez com um funil muito menor do que o usado anteriormente sem sucesso. Enquanto isso, uma enorme mancha de óleo ameaça a costa da Louisiana a oeste do Delta do Mississippi.

A BP agora pretende colocar uma "cartola" relativamente pequena sobre o poço. A tentativa do fim de semana, usando uma peça metálica da altura de quatro andares, foi inviabilizada por causa da formação de
hidratos cristalizados de gás no interior da estrutura, cerca de 1.600 metros abaixo da superfície.

O fracasso da operação ampliou os temores quanto a um desastre econômico e ambiental na costa do Golfo, depois da explosão da plataforma de exploração Deepwater Horzon, a serviço da BP, em 20 de abril, num acidente que deixou 11 mortos.

O novo plano é colocar um recipiente do tamanho de um barril de petróleo sobre o vazamento, a partir do qual o material seria bombeado para a superfície. Tony Hayward, executivo-chefe da BP, disse que a
instalação deve levar três dias.

"Haverá menos água do mar no domo menor e, portanto, menos probabilidade da formação de hidratos", disse ele a jornalistas na sede norte-americana da empresa, em Houston.

Os hidratos, essencialmente gás metano semicongelado até a consistência de lama, entupiram o topo do domo maior, impedindo que o petróleo fosse bombeado até a superfície.

O poço jorra cerca de 800 mil litros de petróleo por dia no mar, formando uma mancha que agora deve se difundir para oeste, ameaçando áreas com grande atividade de pesca e coleta de camarões, ostras, caranguejos e lagostas. Até os canais de navegação na costa da Louisiana estão ameaçados. Praias e reservas naturais de quatro Estados da costa sul dos EUA também correm perigo.

A BP disse que está tendo relativo sucesso com a tática de usar aviões para jogar dispersantes químicos sobre a mancha de óleo. Além de colocar a "cartola" sobre o poço, a empresa cogita também tentar tapá-lo com borracha e outros materiais, ou instalar uma nova válvula de contenção.

Um poço auxiliar está sendo cavado para tentar a partir dele consertar o poço danificado, mas essa obra pode levar mais 75 a 80 dias.

A empresa já gastou 350 milhões de dólares nessa operação e em indenizações aos Estados da costa sul dos EUA, e isso indica que a conta final pode ficar bem acima do que previam os analistas.

(Reportagem adicional de Anna Driver, em Houston; de Pascal Fletcher, em Miami; de Kelli Dugan e Verna Gates, em Mobile, Alabama; de Steve Gorman e Verna Gates, em Dauphin Island, Alabama; de Tom Bergin, em Londres; e de Haitham Haddadin, em Nova York)

Obama não gosta do iPad


O presidente norte-americano Barack Obama, que deve grande parte dos seus votos à sua campanha em mídias sociais, criticou aparelhos como o iPad ou o Xbox por “pressionarem as pessoas, o país e até a democracia”. Em um discurso para cerca de mil estudantes da Hampton University, na Virginia, Obama frisou a importância da educação para construir um governo forte, enquanto criticou esses aparelhos por “transformarem informação em distração”.
Na campanha, um Obama "distraído". Fonte: NYT “Vocês estão amadurecendo em um ambiente de mídia ininterrupta, 24 horas por dia, que nos bombardeia com todo tipo de conteúdo e nos expõe a todo tipo de discussão. Com o iPod, iPad, Xbox e Playstation, tudo se torna apenas uma diversão. É apenas uma forma de entretenimento, não uma ferramenta de fortalecimento, de emancipação”, explicou o presidente, que parece acreditar que esses dispositivos tornam as pessoas alienadas politicamente.
Ele lamentou ainda que “algumas informações das mais bizarras possam rapidamente se amplificar” em estações de rádio e, principalmente, blogs. E finalizou dizendo que não sabe “mexer em nenhum dos equipamentos” que citou.

PRF apreende 142 aves silvestres no interior do Estado

Publicado em 10.05.2010, às 19h25
Do JC Online



Os animais estavam sendo transportados sem permissão dentro de gaiolas FOTO: Divulgação A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 142 aves silvestres nesta segunda-feira (10) na BR-232 em São Caetano, Agreste de Pernambuco. Os animais estavam sendo transportados sem permissão dentro de gaiolas em um veículo Ford F-4000.

As aves haviam sido compradas na Cidade de Garanhuns, Agreste do Estado, e iriam ser revendidas no município de Glória do Goitá, distante 63 km do Recife. O condutor do veículo, Luís João de Santana, de 50 anos, e o proprietário da carga, José Rinaldo Alves dos Santos, de 43, foram presos. Os dois podem ficar detidos por um período de seis meses a um ano e ainda pagar uma multa.

Os dois serão obrigados a pagar o valor de R$ 500 por ave apreendida. Dentre os animais apreedidos, estavam espécies Caboclinho, Galo de Campina, Bigode e Azulão.

Meio Ambiente debate instalação de usinas nucleares no Nordeste


Por Redação Agência Câmara

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara promove audiência pública hoje para discutir a instalação de usinas nucleares no Nordeste. A reunião foi proposta pelo líder do Partido Verde, deputado Edson Duarte (BA), por considerar que o assunto não está sendo debatido abertamente com a sociedade.
Segundo o deputado, o governo baiano estaria defendendo a proposta de instalação de dessas usinas às margens do rio São Francisco. No entanto, segundo ele, “não está ocorrendo o devido debate público para que se possa ouvir os prós e os contras dos projetos”.
"A população mais uma vez está sendo colocada à parte do processo", reclama Duarte, que foi relator do Grupo de Trabalho de Fiscalização e Segurança Nuclear da Comissão de Meio Ambiente. Em seu relatório aprovado, o deputado aponta uma série de fragilidades no sistema nuclear brasileiro, que, segundo o parlamentar, não respeita as convenções internacionais sobre o tema assinadas pelo governo
brasileiro e ratificadas pelo Congresso Nacional. 
Foram convidados para a audiência:
- o coordenador de Ações Governamentais da Casa Civil da Bahia, Sérgio Manzeone;
- o diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN), Laércio Antonio Vinhas;
- o diretor-presidente da Eletrobras Eletronuclear S.A, Othon Luiz
Pinheiro da Silva;
- o professor do Departamento de Engenharia Elétrica e Sistema de
Potência da Universidade Federal de Pernambuco, Heitor Scalambrini;
- o coordenador da Campanha Nuclear do Greenpeace Brasil, André Amaral; e
- o assessor do Movimento Paulo Jackson, Sérgio Dialetachi.
A audiência será realizada no plenário 2, às 10 horas.
(Envolverde/Agência Câmara)

Praias da Costa Rica, um completo absurdo!

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Programa Federal de Agricultura de Baixo Carbono


Por Danilo Macedo, da Agência Brasil


Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse na terça-feira (04/05) que o governo lançou no dia 5 o Programa Agricultura de Baixo Carbono. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará uma linha de financiamentos especiais, com juros diferenciados, para os produtores rurais que utilizarem técnicas sustentáveis e recuperarem áreas degradadas.
“Vamos estimular a integração entre agricultura, pecuária e floresta, gerando um ganho econômico fundamental ao lado de um ganho ambiental extraordinário”, afirmou Rossi durante discurso de posse do novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alexandre Magno Aguiar.
O ministro ressaltou que o país produz apenas um terço da madeira que utiliza, e por isso é preciso aumentar a área de florestas plantadas. Além disso, algumas técnicas de plantio terão condições de financiamento privilegiadas.
“Retomaremos o estímulo ao plantio direto na palha, incorporando matéria orgânica. Tudo isso feito de maneira a poupar o uso de adubos químicos, pois quanto menos precisarmos usar químicos, melhor será a produção”, disse.
Rossi afirmou que o programa será complementar ao de produção de dendê nas regiões Norte e Nordeste, que foi lançado na quinta-feira (06/05) no Pará, com a presença do presidente Lula.
Edição: Lílian Beraldo

Fundo Vale vai desenvolver projetos sustentáveis na Amazônia


Iniciativa vai contar com R$ 51 milhões, até 2012, para investir em proteção ambiental e no desenvolvimento socioeconômico local.

Sete instituições da sociedade civil da área socioambiental e a Vale lançam nesta segunda, 10/05, oficialmente o Fundo Vale, uma ação pioneira, com foco inicial em programas de combate ao desmatamento e à degradação florestal e o desenvolvimento socioeconômico no bioma Amazônico. O projeto conta com R$ 51 milhões, já aprovados pelo Conselho Administrativo da empresa, para investimentos nos próximos três anos e está aberto a novos investidores privados e públicos do Brasil e do exterior.
Em operação há um ano, o Fundo Vale já aportou R$ 7 milhões do valor total aprovado em oito projetos desenvolvidos pelas ONGs IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil), IFT (Instituto Floresta Tropical), Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), Instituto Peabiru, ISA (Instituto Socioambiental) e TNC (The Nature Conservancy).
O Fundo Vale é uma ação pioneira que permite estender as boas práticas e o desenvolvimento sustentável para muito além do limite das operações da Vale. No futuro, a idéia é atuar em outras regiões e países, sempre em projetos ligados a temas centrais da macrossustentabilidade – biodiversidade, mudanças climáticas, conservação de florestas etc.
Na Amazônia, a ação está concentrada em projetos direcionados a três principais temas: o Monitoramento Estratégico da Região por Satélite; a Consolidação e Criação de Áreas Protegidas; e a Promoção de Municípios Verdes.
No primeiro tema, foi estabelecida uma parceria com o Imazon para aprimorar o sistema de monitoramento do desmatamento na Amazônia. O investimento realizado durante 2009 permitiu incorporar avanços no sistema de geoprocessamento das informações, dando maior precisão e agilidade na elaboração dos relatórios que servem de base para a ação fiscalizadora do poder público e outros setores da sociedade. 
Um dos novos relatórios lançados pelo Imazon em 2009, com o apoio do Fundo Vale entre outras fontes de financiamento, foi o Transparência Manejo Florestal, que, pela primeira vez, avaliou a estimativa da área de floresta explorada ilegal e legalmente no Pará – esta última, com plano de manejo florestal autorizado pelo Estado. O estudo apontou que quase 90% da área estudada (418 mil hectares de florestas) foram exploradas sem autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará. Em compensação, na área autorizada pelo Estado, 85% dos planos de manejo apresentados tinham boa ou média qualidade de implantação, ou seja, com menos impacto à floresta.
No tema de Áreas Protegidas e Biodiversidade, foram iniciados três projetos: consolidação das unidades de conservação da Calha Norte, no Pará, que representam quase 12 milhões de hectares de floresta preservada; consolidação das Reservas Extrativistas da Terra do Meio, no sul do Pará, dentro do chamado arco do desmatamento; e a implementação e sustentabilidade da Reserva da Biosfera do Arquipélago do Marajó.
O projeto na região da Terra do Meio, executado pelo ISA com apoio do Imaflora, visa a desenvolver um conjunto integrado de ações voltadas a contribuir com a consolidação do mosaico de unidades de conservação da região, dando ênfase a situação das Reservas Extrativistas do Riozinho do Anfrísio, Iriri e Xingu e as populações que ali residem. Há, nas Resex, cerca de 1,5 milhões de hectares de áreas protegidas com 1.737 habitantes distribuídos por 74 localidades.
No projeto de implementação e sustentabilidade da Reserva da Biosfera do Arquipélago do Marajó, reúne um conjunto de iniciativas nas áreas ambiental, social e cultural a ser realizado ao longo de três anos naquela região. A idéia é contribuir com a consolidação das unidades de conservação do arquipélago; a valorização cultural, através do fortalecimento institucional do Museu do Marajó; a identificação de negócios sustentáveis que beneficiem as comunidades locais; e a
mobilização social, por meio de cursos, assessoria técnica e oficinas, que visem à formação de pólos de trabalho regionais. 
Em Municípios Verdes, o foco é promover um modelo de gestão ambiental para municípios da Amazônia, visando o combate ao desmatamento ilegal e o enquadramento da Reserva Legal e da Área de Proteção Permanente das propriedades da região, de acordo com o Código Florestal Brasileiro.
A inspiração para o projeto veio a partir da lista divulgada anualmente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com os municípios que mais desmatam. Desta lista foram selecionados alguns casos extremos, como Paragominas, que estava no topo do ranking da lista do MMA, São Félix do Xingu e Novo Progresso, que ainda tinham mais da metade de seu território preservado.
Além dos municípios listados, o Fundo Vale selecionou Almeirim, que apresentava um índice muito baixo de desmatamento. Localizada na entrada da Calha Norte, Almeirim apresentava potencial para transformar-se em um modelo de gestão antes que o desmatamento viesse a se tornar um tema crítico. Este trabalho vem sendo desenvolvido pelo IFT em parceria com o Imaflora.
Uma importante ferramenta para implementação das atividades das ONGs parceiras do Fundo Vale é o CAR (Cadastro Ambiental Rural), criado pelo governo do Pará, o CAR não tem caráter punitivo, mas de ajudar o proprietário que busca se enquadrar na legislação ambiental, que, na Amazônia, prevê que 80% da propriedade deve ser preservada.
Um resultado importante do projeto Municípios Verdes, para o qual o Fundo Vale contribuiu, foi o anúncio, em abril, da retirada de Paragominas da lista das cidades campeãs do desmatamento do MMA. O município conseguiu cumprir as metas exigidas pelo MMA, que eram inserir 80% das suas propriedades rurais (excluindo as reservas indígenas) no CAR e reduzir o ritmo de desmatamento para menos de 40 km2 por ano.
Em 2008, o desmatamento em Paragominas caiu 43% e, em 2009, 86%. O desmatamento passou a ser monitorado via satélite, mensalmente, e, com os dados em mãos, as ações de fiscalização se tornaram muito mais eficazes. A ação em Paragominas contou com o apoio fundamental do poder público local e do Sindicato dos Produtores Rurais da região, além do TNC e Imazon através de projeto com apoio, entre outros, do Fundo Vale. De antigo pólo madeireiro, Paragominas passou a servir de exemplo de solução econômica para a Amazônia.
Em outra frente, no município de São Félix do Xingu, a TNC e IEB ajudam os atores locais a implementarem ações de gestão ambiental integrada à produção agropecuária como fator de desenvolvimento sustentável, visando a retirada do município da lista dos que mais desmatam.
(Envolverde/Assessoria de Imprensa)

Mais quatro editais para a estruturação da cadeia produtiva da pesca e aquicultura


Sáb, 08/Mai/2010 00:00 D.O. Meio Ambiente

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) está lançando quatro editais de licitação com o objetivo de fomentar ações de desenvolvimento e estruturação do setor pesqueiro nacional. A concorrência será voltada para entidades representativas de pescadores e aquicultores e disponibilizará bens e serviços para a atividade pesqueira.
Serão selecionadas entidades que receberão caminhões frigoríficos par melhor conservação do pescado durante o transporte e equipamentos para processamento de pescado que serão usados na alimentação escolar. Serão analisadas também propostas para formalização de parcerias com o objetivo de prestar assistência, capacitação e extensão pesqueira  aquícola. Por fim, serão escolhidos projetos para incubação d cooperativas.
O MPA disponibilizará 40 “kits despolpadeira” que terão como objetivo fomentar a participação do pescado na alimentação escolar. Esses equipamentos, cedidos mediante Termo de Permissão de Uso, servirão para a produção de carne mecanicamente separada de peixe e serão compostos de seis máquinas: despolpadeira, seladora manual, balança eletrônica, caixas isotérmicas, máquina de congelamento e caixas fechadas de polietileno para acondicionamento do produto. Os kits terão um custo unitário de R$ 70 mil e ficarão com cada entidade por cinco anos podendo ser renovado através de termo aditivo. As entidades interessadas em receber os equipamentos deverão, obrigatoriamente, possuir unidade frigorífica.
A disponibilização de caminhões contará com 39 veículos sendo vinte e dois utilitários com baú com capacidade de carga mínima de 1,5 toneladas. Os demais 17 caminhões serão frigoríficos com capacidade de carga de quatro toneladas, totalizando oito veículos; dois com capacidade para seis toneladas; e sete com capacidade de oito toneladas. As entidades selecionadas deverão arcar com todas as
despesas relativas à manutenção dos caminhões, além de obrigações legais e encargos, como licenciamento junto ao órgão estadual de trânsito. A permissão de uso será por cinco anos podendo ser renovada mediante termo aditivo.
O Ministério da Pesca e Aquicultura também vai selecionar propostas para prestação de assistência técnica, capacitação e extensão pesqueira e aquícola de pescadores artesanais e aquicultores familiares de 60 territórios da pesca de todo o país. Desse total, 17 territórios terão prioridade por possuir algum investimento fomentado pelo Ministério, como fábricas de gelo, tanques rede, cozinhas industriais, pontos comerciais fixos, parques aquícolas e Planos Locais de Desenvolvimento da Maricultura (PLDM). 
O quarto edital será para seleção de entidades que possam prestar consultoria para encubação de cooperativas sendo voltado para universidades, prefeituras e Organizações não Governamentais (ONGs).Essa seleção será feita em nove municípios, em oito estados, que já possuem Centros Integrados de Pesca Artesanal (CIPAR) e mais os municípios de Caracaraí, em Roraima, e Porto Velho, em Rondônia, que já possuem Unidades de Beneficiamento de Pescado (UBP). Os editais estão no sítio do Ministério da Pesca e Aquicultura (www.mpa.gov.br).
Mais informações poderão ser obtidas também pelo telefone (61) 2023-3703 begin_of_the_skype_highlighting (61) 2023-3703 end_of_the_skype_highlighting.
Fonte: MPA

7º. Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas vai entregar mudas de árvores nativas e frutíferas


Sáb, 08/Mai/2010 00:00 Agenda Socioambiental

Árvores frutíferas serão distribuídas no Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas O 7º. Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas que vai acontecer de 27 a 29 de maio na Urca contará com a participação de ilustres personalidades do mundo ambiental nacional. O evento contará com mesas temáticas como Amazônia, Energia, Água, Direito Sócio-ambiental, Aquecimento Global, Educação Ambiental que já são fixas, e nesta edição o Congresso tratará ainda de “Pecuária e Meio Ambiente” e “Ecologia Urbana e Agroecologia” temas que entram com
grande expectativa de participação e forte debate. Na mesa “Amazônia” a novidade ficará por conta do debate também sobre “Cerrado”. Grandes nomes do meio ambiente nacional marcarão presença em Poços de Caldas, consolidando ainda mais este como um dos principais eventos ambientais do Brasil. A palestra máster com Sérgio Abranches, que é PhD, cientista político, pesquisador independente sobre Ecopolítica desenvolvimento econômico, progresso social e meio ambiente, com ênfase na mudança climática e Amazônia, além de comentarista da rádio CBN, onde mantém o boletim diário “Ecopolítica” – fará palestra de confraternização dia 28 de maio, às 20 horas, no Teatro da Urca e o interessado em participar que não for congressista, deverá adquirir ingresso antecipadamente.
Mudas de Árvores nativas e frutíferas serão distribuídas
Um dos pontos fortes do Congresso nesta edição será a entrega de mudas de árvores feita pelo IFET – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Muzambinho. Além das mudas o congressista vai receber ainda o “kit compostagem” com todas as instruções de plantio. O Congresso vai fornecer ainda sacolas ecológicas feitas de algodão cru, canetas e canecas ecológicas, além de café orgânico. Serão 500 mudas selecionadas para a entrega aos congressistas e convidados do 7º. Congresso Nacional de Meio Ambiente como: oiti; carapeta; óleo
bálsamo; ipê anão; pitanga entre outras frutíferas. Ainda como um grande atrativo, o 7º. Congresso Nacional de Meio Ambiente, promoverá ainda a Feira de Meio Ambiente aberta ao público em geral e pela primeira vez receberá na cidade o Greenpeace com a Exposição Fotográfica “Salvar o Planeta é Agora ou Agora”. Campanha mais recente da organização, lançada em junho de 2009, traz um apanhado fotográfico das cinco campanhas do Greenpeace (Energia, Clima, Oceanos, Amazônia e
Transgênicos) e reforça a preocupação que devemos ter com as questões ambientais. Além disso, o 1º. Encontro de Apicultores do Sul de Minas, voltado para o produtor e interessados na área de apicultura poderá ser acompanhado dia 29 de maio a partir das 9 horas como parte da programação oficial do Congresso de Meio Ambiente.
As vagas estão quase esgotadas mas ainda há tempo de se inscrever on-line pelo site www.meioambientepocos.com.br 
Informações (35) 3567 1551 begin_of_the_skype_highlighting (35) 3567 1551 end_of_the_skype_highlighting. Realização GSC Eventos Especiais e Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Campus Muzambinho. Patrocinadores Furnas e DMAE. Apoio Prefeitura de Poços de Caldas, Emater, Sedet, Revista do Meio Ambiente, Envolverde, TV Poços, Mercado Ambiental, Ambiente Brasil e Curso de MBA em Gestão Ambiental da PUC Minas.